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Neste blogue iremos encontrar (ou reencontrar) pedaços da imaginação e criatividade humana nas mais diversas formas e feitios - Livros, Banda desenhada, Cinema, TV, Jogos, ou qualquer outro formato.

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AVISO IMPORTANTE: pode conter spoilers e, em ocasiões especiais, nozes.


sábado, 10 de novembro de 2012

Iron Sky

Nazis na Lua!

É com isso que começa esta curiosa produção conjunta Finlandesa-Alemã-Australiana. Durante uma aterragem no lado negro da Lua, destinada a promover a reeleição da Presidente dos Estados Unidos (uma sujeita suspeitamente parecida com Sarah Palin) e também a investigar secretamente a existência de depósitos de hélio-3 (um combustível extremamente valioso), os astronautas encontram, de facto os depósitos. Em contentores, numa base Nazi. Um dos astronautas é imediatamente abatido por soldados Nazis e o outro (um modelo negro que fizera a viagem apenas com fins de campanha eleitoral - "A Black Man On The Moon? Yes She Can!", é o slogan) é capturado.
E é levado para a base que um contingente Nazi estabeleceu na Lua em 1945, após fugirem da derrota iminente do 3º Reich. E sim, é verdade, a base tem a forma de uma suástica. O astronauta é levado numa mota com sidecar estilo anos 40 para a base, cujo interior e ocupantes parecem parados no tempo, com tecnologia algo sugestiva do estilo steampunk (ok, talvez World War II-punk). E Volkswagens carocha.

O astronauta descobre que os Nazis se preparam para voltar para a Terra e a governar, encontra uma Nazi boazinha, Renate, que não percebe bem no que está metida e que acredita que as intenções do regime são nobres (ela acorda para a realidade lá para o meio do filme) e é recrutado para ajudar a equipa de reconhecimento a preparar a invasão roubando smartphones na Terra. Isto porque descobrem que os smartphones são o elemento essencial para activar a sua máquina de destruição maciça, o Götterdämmerung (significa "O Crepúsculo dos Deuses", para quem estiver curioso). Pelo caminho, é "albinizado" pelo cientista residente, que tem semelhanças físicas com Albert Einstein que não são, de certeza, coincidência.

O astronauta revolta-se e foge, a Nazi boazinha acaba por descobrir a realidade do que querem fazer e o seu noivo (Adler, o comandante da equipa avançada) envolve-se com a agente publicitária da Presidente, Vivian, que o ajuda a preparar a invasão e a dar o golpe para se tornar o novo Führer.



Entretanto os Nazis lançam o seu ataque e Adler volta à Lua para activar o Götterdämmerung, mas a invasão é derrotada pelas naves das Nações Unidas - aparentemente, todas as nações (menos a Finlândia) tinham naves espaciais de guerra dissimuladas - lideradas pela nave americana, a George W. Bush, comandada por Vivian, despeitada pela rejeição de Adler. Isto antes de os países das NU começarem a lutar entre si pelos depósitos de hélio-3, levando ao fim do mundo...

O filme pode parecer algo disparatado, e nalgumas coisas até o é, mas tem os seus momentos altos. Para além de satirizar as posturas Norte-Americanas em múltiplos aspectos (sendo o meu favorito o momento em que a Presidente dos EUA começa a protestar com os outros líderes por terem concordado em não ter naves de guerra e lhe terem mentido, respondendo-lhe os outros que ela também mentiu, apenas para ela se defender com "É claro, nós somos Americanos, é isso que fazemos"), tem alguns toques humorísticos bem aplicados (para além do uso de Space Nazis, que eu já acho divertido por si só), como o fascínio dos Nazis por smartphones, o facto de a nave de ataque Russa ser a estação espacial Mir ("Paz" em Russo) e a armada Nazi usar dirigíveis espaciais para rebocar meteoros para uma meteorblitzkrieg. Ah, e o Führer lunar deposto por Adler é o actor Udo Kier, sempre adequado a papéis destes.

Um filme divertido para ver numa tarde de Domingo (que foi o que eu fiz).

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