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Neste blogue iremos encontrar (ou reencontrar) pedaços da imaginação e criatividade humana nas mais diversas formas e feitios - Livros, Banda desenhada, Cinema, TV, Jogos, ou qualquer outro formato.

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AVISO IMPORTANTE: pode conter spoilers e, em ocasiões especiais, nozes.


segunda-feira, 18 de março de 2013

Warhammer 40000: Space Marine


O herói do jogo, Capitão Titus.

No futuro negro da Humanidade, apenas existe guerra.

Esta é a premissa da série Warhammer 40000 (ou 40K, se preferirem), inicialmente criada como um jogo de guerra com miniaturas, e que gerou múltiplos produtos relacionados, entre os quais jogos de tabuleiro, jogos vídeo, livros e banda desenhada.

Trata-se de um futuro distópico, no 41º milénio, em que o domínio da Humanidade se estendeu num vasto império, controlado pelo Imperador no seu Trono Dourado, um antigo guerreiro extremamente poderoso, simultaneamente governador e entidade divina, que se encontra num estado de não-vida e não-morte há vários milénios, Império esse com temática religiosa e que é ameaçado constantemente, por um lado, por diversas raças alienígenas (Orks, Tau, Eldar, Tyranids, etc.) e por outro, pelos Chaos Daemons de outra dimensão (chamada warp e que é utilizada para as viagens interestelares), aos quais estão aliados os Chaos Space Marines (os maiores hereges desse universo).

Para defender os povos do Império temos os Adeptus Astartes, também conhecidos como Space Marines, super-soldados geneticamente modificados organizados em diversas ordens, ou mais propriamente, Chapters, sendo talvez os mais emblemáticos os Ultramarines. Os Adeptus Astartes não são, contudo, os únicos. Existem ainda os Adeptus Mechanicus (os Tecno-Padres, engenheiros do Império), a Guarda Imperial (composta por humanos normais) e ainda a temida Inquisição, que responde apenas ao Imperador, e cuja função é a de policiar o Império e evitar a corrupção pelas forças do Chaos.

Space Marine é um jogo de acção passado nesse mesmo universo, em que assumimos o papel do Capitão Titus, membro dos Ultramarines, que é destacado para um planeta onde estão a desenvolver armas para uso contra os inimigos do Império, e que está a ser invadido por hordas de Space Orks.

Titus, sempre sério, como compete a um Ultramarine

Pelo caminho, além do combate com os Orks, Titus e os seus camaradas Sidonus e Leandros têm de prestar assistência ao Inquisidor Drognan, que alega ter desenvolvido uma arma derradeira para destruir alienígenas, mas cuja fonte de energia está associada a energias da warp, derrotar Grimskull, o Warboss dos Orks, e impedir uma invasão de forças do Chaos, encabeçada pelo Lorde Nemeroth, que se quer tornar um Daemon Prince.

O Inquisidor Drognan. O penteado faz-me lembrar o vocalista
dos Rammstein.

O jogo enfatiza o combate corpo-a-corpo, mas não deixa de haver espaço a algum tiroteio, e com uma selecção decente de armas saídas do jogo originar, bem como o Vengeance Laucher, uma espécie de lança-granadas activadas por controlo remoto criado de propósito para este jogo.

Titus mata um Ork...


...e Titus mata um monte de Orks.
As sequências de combate são bastante violentas, o que está de acordo com o pano de fundo, e vemo-nos frequentemente envolvidos em combate com dezenas de inimigos em simultâneo, embora na maior parte do trajecto tenhamos o apoio de um ou dois dos nossos irmãos Ultramarines. Ao longo do jogo vamos adquirindo armas novas (embora só possamos ter em nossa posse 5 granadas, 3 armas de fogo e 1 arma de corpo-a-corpo de cada vez) bem como melhoramentos à nossa armadura de combate, bem como à nossa capacidade de Fúria (um medidor que se vai enchendo em combate e que nos permite, quando activado, infligir muito mais dano e regenerar os nossos danos). Temos ainda a hipótese, em combate corpo-a-corpo, de executar os inimigos atordoados e regenerar alguns desses danos, embora fiquemos vulneráveis a ataques durante o processo.

O tanque com pernas é o Warboss Grimskull. Um osso duro de roer.

Já li críticas ao aspecto sonoro (vozes e música) do jogo; honestamente, o voice acting, embora possa não ser brilhante, é mais que competente, e não destoa com o fundo distópico. Afinal, não era de esperar que os personagens tivessem muita alegria naquele ambiente, ou era? A música é mínima, e por vezes serve mais como ambiente de fundo transmitindo, na minha opinião, uma sensação de desolação. Sem problemas, aqui.

O aspecto gráfico está bem conseguido e os cenários estão perfeitos, transmitindo ao mesmo tempo uma sensação de grandeza e de vazio, uma vez mais perfeitamente dentro do tom esperado nesse universo. E há algo de fabuloso em contemplar um Titan de guerra colossal dentro da fábrica (ou manufactorum)...

Os cenários são grandes, escuros, e desoladores. E uma beleza, se me perguntarem.

A parte final do jogo deixa a história em aberto, possivelmente em preparação para uma sequela; a única coisa que me desapontou um pouco (mas não tanto que me estragasse a experiência do jogo) foi o combate com o boss final, Nemeroth, que me pareceu demasiado rápido e fácil e consiste essencialmente em carregar no botão certo em determinado momento (os chamados quick time events), sendo o combate que o precede, contra Daemons e Chaos Marines, mais puxado. Ou talvez o combate com os lacaios deva ser considerado parte integrante da boss battle, e sendo esse o caso, retiro o que disse.

Um bom jogo para apreciadores de jogos de acção e uma experiência a considerar para fãs da série Warhammer 40K.

Nemeroth, com um dos seus Chaos Daemons de estimação.


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