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AVISO IMPORTANTE: pode conter spoilers e, em ocasiões especiais, nozes.


domingo, 14 de abril de 2013

Fuga Para a Lua

Panorâmica com os pontos altos do filme.

Para quem gosta da onda de filmes de ficção científica série B dos anos 50, sugiro o "Fuga Para a Lua" ("Missile to the Moon", no original).

Produzido em 1958, conta-nos uma história engraçada, à moda da época:

Um cientista produz uma nave (ou "míssil", como ele próprio o designa), capaz de levar pessoas ao espaço. O governo dos EUA, mais propriamente, os militares, decidem apropriar-se do projecto.
Entretanto, dois foragidos de uma prisão próxima entram nas instalações e escondem-se no foguetão. O cientista descobre-os e, como é óbvio, em vez de os entregar, decide recrutá-los meio à força para um lançamento à revelia das autoridades (o que é sempre uma jogada vencedora).
Durante o lançamento, o assistente do cientista e a sua mulher vão investigar a nave e ficam lá presos.
E lá vão eles todos, a caminho da Lua.
Já a meio do caminho, e na sequência de uns embates contra meteoros, o cientista, portador de um misterioso medalhão de diamantes, fica mortalmente ferido. Antes de morrer, deixa uma mensagem ainda mais misteriosa ao assistente - têm de aterrar obrigatoriamente nas coordenadas pré-programadas. Antes de libertar o seu último fôlego, ainda fala de uma mulher que ninguém sabe quem é, a sua "Lido" (ou "Ledo", depende da legendagem).
Os 4 elementos restantes aterram na Lua, apenas para serem atacados por homens de rocha e aranhas gigantes e encontrarem um monte de mulheres azuis (na versão recolorida).
Encontram a misteriosa Lido e descobrem que as mulheres azuis são as sobreviventes de uma civilização selenita que está à beira da extinção, dada a progressiva esterilização da Lua. Felizmente, na cratera ainda há oxigénio, sempre lhes poupa o esforço de andarem de fato espacial. Descobrem ainda que o cientista que criou a nave era um emissário dessa civilização que fora enviado para a Terra décadas antes, para apurar se as mulheres azuis se podiam mudar para lá.
O resto do filme mostra os actos heróicos dos tripulantes para tentar impedir que as mulheres azuis tentassem invadir a Terra (apesar de aparentemente serem tão poucas que podiam usar o foguetão) e ainda ver se podiam trazer alguns diamantes.

A misteriosa Lido...


...e as restantes Selenitas. Se bem percebi, o elenco eram várias "Misses"
dos EUA. Se fosse hoje, provavelmente seriam escolhidas "Top Models".
 
Pareço um bocado... jocoso? É mesmo porque o filme não dá para levar a sério. É divertido, mas envelheceu mal. Se é que nasceu bem. Os efeitos visuais são básicos. As criaturas da rocha não podem dizer que, quando foram feitas, partiram o molde - são todas iguais, só com pinturas diferentes - e movem-se meio aos saltinhos meio aos abanões. As aranhas parecem marionetas e o terreno da cratera é suspeitamente parecido com uma pedreira ou um desfiladeiro terrestre. Céu azul incluído. Ah, mas pelo menos há as pinturas nas janelas a tentar dar a ideia de cidades em ruínas, e as mulheres azuis (na versão a cores), sugestivas de cianose por falta de oxigénio.
E os actores são... bem, à falta de outro termo, maus. Interessantes as poupas à James Dean dos dois foragidos, para darem ar de rebelde sem causa, suponho.
Uma delícia!

As aranhas eram terríveis. Mas não no sentido que os produtores pretendiam...


Agucei-vos o apetite? Espero que sim. Experimentem o filme. Mas não o levem a sério, como já disse. A ideia é divertirem-se. Encontrei-o num cesto de promoções numa loja, e era o lugar certo para ele...

O que é melhor que uma película da série B dos anos 50? É uma película
da série B dos anos 50 com colorido artificial!

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