Benvindos!


Bem-vindos!

Neste blogue iremos encontrar (ou reencontrar) pedaços da imaginação e criatividade humana nas mais diversas formas e feitios - Livros, Banda desenhada, Cinema, TV, Jogos, ou qualquer outro formato.

Viajaremos no tempo, caçaremos vampiros e lobisomens, enfrentaremos marcianos, viajaremos até à lua, conheceremos super-heróis e muito mais.

AVISO IMPORTANTE: pode conter spoilers e, em ocasiões especiais, nozes.


segunda-feira, 10 de junho de 2013

Hulk: Gray

Um facto engraçado sobre o Hulk que nem toda a gente sabe é que, antes de ficar famoso como "Jade giant", o Hulk era originalmente cinzento.
Antes de ficar verde...
E cinzento foi a cor com que apareceu no seu #1, em 1962. Contudo, problemas com a impressão faziam com que o cinzento fosse uma cor difícil de compor, aparecendo ao longo da revista com outras cores (inclusivamente verde), o que motivou a mudança de cor a partir do 2º número, tendo-se optado pelo verde.

No universo BD da Marvel, a mudança de cor foi explorada como sendo um fenómeno relacionado com a psique de Bruce Banner (o que motivou alguns regressos à cor original em dadas ocasiões), o que também foi usado para explicar diferenças na força e no comportamento do personagem.
 
 
As capas originais da série.
Hulk: Gray, da dupla Jeph Loeb/Tim Sale (que produziu outras mini-séries famosas na Marvel, tais como Spider-man: Blue e Daredevil: Yellow, bem como na DC - Superman for All Seasons e Batman: The Long Halloween), é uma mini-série em 6 fascículos que reconta os primeiros dias após a transformação inaugural de Banner em Hulk.
 
 
A história é contada como uma série de flashbacks numa sessão terapêutica "de emergência" entre Banner e o Dr. Leonard Samson, outro super-herói (e psiquiatra), e inclui uma série de episódios que Banner nunca contara a ninguém, tal como o primeiro encontro "secreto" entre o Hulk e o Homem de Ferro, que o Hulk julga ser um robot, ainda antes de os dois juntarem forças na equipa original dos Vingadores; temos ainda as primeiras interacções com o elenco clássico das histórias iniciais do Gigante: Betty Ross, Rick Jones e, claro, o General "Thunderbolt" Ross e as Forças Armadas. 
 
Hulk vs. Homem de Ferro. O primeiro enxerto.
Os vários eventos vão sendo, desta forma, comentados em fundo pela dupla Banner/Samson, os quais analisam esses factos e tentam encontrar significados menos óbvios nas acções dos vários personagens, sempre com alguma possibilidade de as memórias não corresponderem 100% à realidade, o que torna a história mais interessante.
A escrita de Loeb é bem conseguida (sendo os diálogos de fundo a minha parte favorita) e devidamente acompanhada pela arte de Sale, que consegue transmitir muito através de desenhos simples.

Trata-se assim de uma série em que a equipa Loeb/Sale faz aquilo em que é excelente: um recontar de momentos antigos da vida de um herói, de forma intemporal, como de resto resulta a mistura de elementos estéticos típicos da década de 60 - altura em que o personagem se estreou - com elementos modernos - miras laser, helicópteros de ataque contemporâneos da série (datada de 2003), e que acompanha em estilo as outras séries de "cores" da Marvel, que acima referi.
Capa da edição Hardcover.
 

Sem comentários:

Enviar um comentário