Quem está familiarizado com RPGs, especialmente os concebidos para computador, conhece provavelmente os nomes do Rogue e do Hack, dois RPGs cuja particularidade principal é a aleatoriedade.
Ou seja, a cada vez que se jogava, era criado um sistema de níveis diferente do das outras vezes que nos aventuráramos, com o resultado prático de que nunca (teoricamente) se repetia o jogo.
A capa da caixa do jogo, na versão em disquetes. |
Uma das características mais importantes deste jogo era a possibilidade de, embora não fosse possível criar os mapas com um editor, poder personalizar o cenário de jogo de múltiplas maneiras: aumentar ou diminuir o grau de dificuldade, quantidade de comida, tesouros e armadilhas presentes, excluir monstros da classe undead (além de serem mais difíceis, alguns dos seus ataques davam penalizações permanentes aos jogadores).
A tradicional carne de canhão, neste caso, um Goblin. |
Corredores escuros, até perder de vista. Quem sabe o que se esconde nas sombras? |
O jogo era passado no universo Dungeons & Dragons, mais concretamente no ambiente de jogo Forgotten Realms, e ia aí buscar o seu bestiário e galeria de heróis, bem como as regras de combate e acções.
O bestiário era muito variado e incluía um pouco de tudo: Goblins, Orcs, Trolls, Wyverns, Ettins, Medusas, Cockatrices, Bugbears, Minotaurs, só para citar alguns, para além de um sortido de mortíferos undead.
As classes e raças disponíveis era o habitual em jogos D&D, Humanos, Elfos, Anões, etc., com a possibilidade de ter personagens multiclasse, algo extremamente útil se tivermos em conta que só tínhamos direito a usar um personagem único, e não um grupo, como era habitual noutros RPGs similares em formato, como os da série Eye of the Beholder, para citar um exemplo.
O Dungeon Hack, jogado em perspectiva de primeira pessoa, não tinha história de que valha a pena falar, estando essencialmente centrado no combate e exploração, aproximando-se assim mais de um RPG de acção e o objectivo, como nos jogos desta linha, era o de alcançar o nível final para matar um monstro particularmente mais difícil (ou seja, um boss), neste caso, um Elemental Lord.
Uma chave sob a forma de uma jóia. Muito tradicional. |
O big boss do jogo, o Elemental Lord. Tão antipático quanto feio. |
Era um jogo que, não sendo particularmente sofisticado do ponto de vista técnico, tinha uma re-jogabilidade muito extensa, com o qual se podia passar umas horas valentes de aventura, adaptável a jogadores mais casuais ou mais hardcore e que pertence à linhagem dos referidos Rogue e Hack, linhagem essa que deu origem a títulos mais famosos como o primeiro Diablo e algumas curiosidades como Doom Roguelike.
Um "oldie" para recordar.
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