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domingo, 31 de janeiro de 2016

Space Invaders e a questão dos escudos - batota ou não?

Julgo não dizer enormidades quando afirmo que, de uma maneira ou outra, quase toda a gente conhece o velhinho Space Invaders.

O clássico jogo de enfrentar uma invasão alienígena, vaga após vaga, usando uma navezinha (ou talvez um tanque) com um canhão que só dispara um tiro de cada vez, tentando acertar em todos os aliens (ou naves, quem sabe) que vão descendo inexoravelmente pelo ecrã. E que também vão disparando uns projécteis, de uma forma que lembra desconfortavelmente umas caganitas.

A nossa defesa? O nosso movimento, claro, e 3 escudos espalhados pela parte de baixo do ecrã de jogo, que se vão deteriorando à medida que vão sendo atingidos. Temos algumas vidas, que perdemos sempre que um projéctil-caganita nos atinge ou os mauzões conseguem chegar à base do ecrã.

O jogo é famoso por múltiplas versões, desde o original arcade no início dos anos 80 (ou fim dos anos 70? Devia ir ver ao Google mas estou com preguiça) até edições comemorativas todas quitadas para as consolas domésticas já no nosso século XXI.

Eu iniciei-me neste jogo não no meu computador mas em casa de um primo que tinha um saudoso ZX Spectrum 48K. Sim, os míticos computadores a que se ligava um leitor de cassetes e se tentava um monte de rituais para o jogo entrar, desde micro-ajustes no volume de som até promessas aos deuses das trevas. Mais tarde cheguei a obter uma cópia para o meu 128K (cujo leitor de cassetes incorporado era mais camarada), mas o meu 1º contacto foi nesse 48K.

E foi aí que descobri uma coisa gira. Os escudos eram perfuráveis não só pelos projécteis dos invasores como pelos nossos tiros. Vai daí, nada mais lógico (pareceu-me) que pôr-me debaixo dos escudos, abrir um buraco e disparar calmamente através dele, até limpar o terço do ecrã correspondente e passar para outro escudo e repetir.

Aparentemente, isso era batota, disse-me o meu primo. Devia andar de um lado para o outro, a oferecer o peito à bala electrónica. 
Não concordo, e deixo aberta a discussão (batota ou não) para os 0,45 seguidores habituais do blogue. É verdade que sou um utilizador assumido de cheat codes nos jogos quando me dá jeito, mas se o jogo o permitia fazer, não era batota. Ok, admito que podia ser pouco fair play, mas quando se é um miúdo de 7 ou 8 anos e se quer fazer um trabalho, usa-se a lógica dos miúdos. Aquela mesma lógica que o mundo real se incumbe alegremente de destruir...


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